sexta-feira, 30 de julho de 2010

O amor não pega ônibus e tem medo de avião.

Certa vez eu escrevi aqui que cada um escolhe no que quer acreditar e que, como em qualquer escolha, deve-se arcar com as despesas e consequências de tal feio. Isso também vale no ato de desacreditar em algo.

Ele não acredita em relacionamentos a distância. É um direito que o cabe. Mas como um dos meus maiores prazeres é justamente discordar de teorias que - para mim - não apresentam fundamentos teóricos verdadeiramente contundentes, venho por meio de mais um texto ridículo discordar do ser mencionado.

Por experiência própria, digo-lhes que é mesmo muito complicado manter um relacionamento a distância com alguém, mas não é impossível.

O raciocínio é bem simples: duvido muito que o sentimento bonito - o mais bonito de todos - precise de algum argumento para existir. E se esse sentimento fosse baseado em regras, normas ou seja lá o que fôr, seria mais do que lógico que ele também tivesse um manual de instrunções. Imagine só: "Capítulo 2, página 56 - Como conquistar o ser amado".

E se houvesse uma regra para conquistar alguém, para como se apaixonar pela pessoa certa e para como esquecer as erradas, deveria ter alguma outra que avisasse em negrito: Não se apaixone por um indivíduo de outro logradouro, relacionamentos a distância não dão certo.

Acho muito dificil que o amor tenha alguma norma para acontecer e mesmo se tivesse, duvido muito que o valor da passagem de avião ou o tempo de viagem de ônibus até o local onde o outro está fosse um fator deliminativo.

Eu sou muito chata. Consigo ser o ser mais cabeça-dura do mundo quando quero. Gosto de ouvir música no último volume. Odeio que mexam nas minhas coisas e odeio mais ainda quem odeia Machado de Assis. Por tudo isso, acredito que seja pretensão demais acreditar que em todo esse mundão de Deus, o cara certo para ficar comigo - e aturar tudo o que de ruim eu sou - more ali na Augusto Montenegro, pertinho de mim.

Talvez pretensão ainda maior seja acreditar que um dia eu posso encontrá-lo nesse mundão de Deus.



Sempre tive medo de ter um blog. Não pelo fato de ter um blog em si mas pela dificuldade de manter um público ou - pior ainda - manter uma coesão, interconexão ou coerência entre os textos e assuntos explanados nele.

A dificuldade vem do enorme desafio que é organizar as idéias existentes na minha cabeça.

Um comentário:

  1. As vezes o carinha que mora na Aug. Montenegro nem sabe que vc existe ou nem tchum pra tí.... Whatever. Complicated.

    A gente tem que apostar em quem vem de muito, muito longe só pra nos ver, dar um abraco e ouvir dizer que estava com saudades. =~~~

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