quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A melancolia me cái bem.

Não ando muito no clima para (escrever sobre) relacionamentos. Não só pela falta de tempo, mas também pela falta de paciência e crença nos tais.

Eu sempre que posso aconselho meus amigos namoradeiros há passarem um tempo sozinhos. Sem namoros, ficas, paqueras ou qualquer outra denominação pós-moderna para relações (des)amorosas. A parte ruim é que você passa mais tempo em casa e passa a ver menos os seus amigos porque eles dificilmente entrarão nessa fase de “forever alone” juntos com você. Eles não vão topar ficar em casa e ver filme num sábado à noite e nem vão querer te ouvir falar muito tempo sobre o novo livro do Rubem Fonseca. Daí vem a tua liga torta de aconselhá-los a ficarem sozinhos também. Sacas?

É preciso se curtir muito durante a vida. A maioria dos adultos frustrados que conheço não se conhecem, não sabem seus limites, suas convicções ou até que ponto poderiam ir por um determinado propósito. Como você pode querer encontrar alguém que queira desfrutar de sua companhia, se nem você mesmo se suporta?

O único tempo que se dá é para si mesmo.



E precisa ser um tempo bem aproveitado. Faça coisas que você gosta de fazer sozinho, sem ninguém do seu lado. Tipo cortar a unha do pé ou jogar paciência no computador. E se te parecer monótono demais, lembre-se de passar todo o tempo que puder com sua família. Ela, infelizmente, não será eterna.

Só desista de toda essa chateação, quando tiver a mais absoluta certeza de que está pronto para novas experiências.

“Pelo direito a viver a tristeza em uma sociedade que oprime pela felicidade (mesmo que ilusória)”. Leonardo Sakamoto – via @blogdosakamoto

Daqui a pouco essa fase de poucos amigos passa. E eu volto a escrever porcarias e fazer vocês rirem de novo. =)