quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Pelo direito de ser eu mesma.

Às vezes, eu acho que vou ficar velha e ainda utilizar camisetas das minhas bandas favoritas. Imagina estar com 60 anos e comprar ingresso para um show? Eu imagino. Não quero perder isso. Não sei se vou mudar. Quer dizer, devo mudar muitas coisas ainda em mim daqui até os 60 anos, mas eu realmente me imagino fazendo boa parte das coisas que faço hoje aos 26 anos. Não quero perder esse incrível poder de amar. Amar música, amar bandas, amar pessoas... Mesmo que continue amando as pessoas erradas e os caras errados. Tem gente que casa aos 20, morre aos 70 e - que lindo - fez bodas de ouro antes de morrer. Mas vai ver, a pessoa nunca teve uma paixão de verdade. Do tipo que se dá meia volta ou que se devora uma torta de amora no jantar. Eu me apaixonei uma dúzia de vezes. Trai. Fui traída. Me fodi bonito, mas também fui feliz pra cacete. Namorei, fiquei, paquerei, dei mole, levei fora... Ouvi e disse coisas lindas de mentira e de verdade. Ouvi e disse coisas feias de mentira e de verdade. Aprendi e desaprendi muito. E de todos os sentimentos malucos que coleciono: arrependimento não é um deles. Já me apaixonei no primeiro aperto de mão.Na frase "Esse daqui é o Fulano..." e ,bicho, é muito doido olhar para alguém e sentir que ele também está vendo o que você está vendo: uma energia doida ao redor que diz: é ele (a)! Já se declararam para mim no meio de um congresso, num corredor lotado. Já me conheceram durante uma gravação numa praça aberta e ligaram pro meu chefe perguntando quanto custava um dia de gravação comigo. Já viajaram quase 800km para me ver simplesmente porque eu recusei um beijo numa noite de lua cheia em Fortaleza e disse: vem buscar! Já me apaixonei por um cara que vi num programa da MTV e, olha só, nós chegamos a ficar juntos. Também já devorei uma barra de chocolate assistindo August Rush. Revi as 6 temporadas de Sex and The City 4 vezes só para ver a Carry se ferrando como eu, mesmo depois dos 30. Matei aula para ir a uma praça pública e chorar num banco quando tinha 16 anos. Tomei comprimidos com tequila aos 24 porque achava que a vida realmente não tinha mais sentido. Ah, e os amigos? Meus amigos merecem um prêmio nobel por ter aguentado todas as ligações de madrugada, os meus choros, os meus gritos... E já que estou falando deles e de todas essas histórias malucas de amores e desamores passados e presentes, concluo esse texto dizendo que o meu maior defeito é amar demais. E, de fato, não sei se quero ser diferente. Quero morrer amando todos eles, como se fossem os melhores do mundo porque eu realmente acho que vocês são. Quero morrer acreditando e amando um estranho e acreditando que, dessa vez, finalmente... É ele!

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